O amor só será divino quando houver uma inauguração
Se vivemos no amor reedições de antigos vínculos
É no vínculo que parece antigo que, finalmente, encontra-se o novo!
amor, se te conheço desde sempre
é com você que serei e poderei ser outra que jamais fui
Eu em germinação...
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
setembro
meu blog.
ando esquecida de ti,
sei lá porquê.
entrei em processo de condensação
endureci-me em adaptação
eternamente encaixando-me
e desencaixando-me
dos moldes que me fizestes
e nos quais me guardas
guarda-me!
assim quero manter-me
rodeada de ti
da cintilancia das visões do futuro
na doçura de estar em paz
e em direção.
ando esquecida de ti,
sei lá porquê.
entrei em processo de condensação
endureci-me em adaptação
eternamente encaixando-me
e desencaixando-me
dos moldes que me fizestes
e nos quais me guardas
guarda-me!
assim quero manter-me
rodeada de ti
da cintilancia das visões do futuro
na doçura de estar em paz
e em direção.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
sobre a paciência
Como deixar de esperar o que não se tem?
um dia após o outro contado no calendário
sutil tentativa de controlar o que não se sabe
manhãs regadas de sol e desejo
tem suas noites tristes e infecundas
a promessa feita entre o eu e o si mesmo
realiza não mais que a fria constatação do real
o que eu queria,
é que a espera tomasse a doce forma de um horizonte longínquo
para que a sequencia dos dias volte a ganhar seu encanto.
um dia após o outro contado no calendário
sutil tentativa de controlar o que não se sabe
manhãs regadas de sol e desejo
tem suas noites tristes e infecundas
a promessa feita entre o eu e o si mesmo
realiza não mais que a fria constatação do real
o que eu queria,
é que a espera tomasse a doce forma de um horizonte longínquo
para que a sequencia dos dias volte a ganhar seu encanto.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
A Copa do mundo é nossa
Vaiemos nossos políticos
Nossa democracia falha
Nossa tolerância `a corrupçao e falta de ética
Os monopólios, os interesses privados
A hipocrisia que nos rodeia.
Mas não vaiemos o futebol
Esse sim, fruto de uma criação do povo
O Esporte não é divertimento emburrecedor
É pensado, estudado, trabalhado
E flui entre nós união e patriotismo
segunda-feira, 28 de abril de 2014
um momento
Estou, como de costume, às 14:45 a sua espera no portão do instituto.
Ele chega falante, sorrindo, reclamão da dor de cabeça.
Repete sem parar, nervoso, a percepção intensa, sofrida e arrebatadora da própria dor de cabeça.
A intensificação das queixas nos obriga a função nem sempre tão inspiradora de boas políticas: tomar um remédio.
Após o analgésico, pílula quase-mágica, tentamos entrar em seu grupo de terapia.
Uma, duas, três vezes, chamados dalí e daqui, seduções de todos os tipos, tentativas determinadas de incluí-lo no grupo aonde não tem desejo de se incluir.
Daí, conseguimos, ele fisgado pela tela do computador, fotografias da Coréia, seu país de origem, no google imagens.
Lembrou-se de quando era criança.
Buscou o google pelo ano em que ainda vivia na Coréia, 1985.
Falou alto e sem descanso das fotos que encontrou, e assim conduzia-se de uma pessoa a outra no pátio do instituto.
Quer saber quem é, o que é aos olhos dos outros.
Há Eu ou desejo nessa sua experiencia de ser?
Fala e anda em círculos, em uma repetição massante e insuficiente a sua busca por respostas.
De repente, algo o silenciou.
O rapaz sentado ao canto, acompanhado de uma moça.
Autista, o olhar vidrado nos próprios punhos.
Ele olhou curioso, e atônito, durante minutos a fio, frente a frente ao rapaz.
Algo de tão estranho e tão familiar naquela figura bizarra.
Um espelho distorcido havia naquela sua visão, espelho dele mesmo.
A maravilha e interesse tomaram conta de seu olhar.
Pouco depois, quando da minha intervenção e a da at do rapaz na conversa, quebrou-se o encantamento.
Saiu andando, procurou-me para perguntar porque o queriam ver nervoso?
Algum estado de horror foi tomando-lhe as feições e o olhar.
O que havia visto naquele rapaz tão grave, tão mais grave e regredido que ele, que o assustara?
Tentei nomear o que ele sentia, aquele rapaz no fundo só o quereria tranqüilo.
Senti-me insuficiente diante daquilo que lhe acontecia, jamais poderia traduzi-lo, e nem ele o podia para mim.
Algo aconteceu, algo que o fez se deter.
O início de uma reposta às suas perguntas tão cruas e lancinantes.
É necessário algum silêncio neste belo momento.
Ele chega falante, sorrindo, reclamão da dor de cabeça.
Repete sem parar, nervoso, a percepção intensa, sofrida e arrebatadora da própria dor de cabeça.
A intensificação das queixas nos obriga a função nem sempre tão inspiradora de boas políticas: tomar um remédio.
Após o analgésico, pílula quase-mágica, tentamos entrar em seu grupo de terapia.
Uma, duas, três vezes, chamados dalí e daqui, seduções de todos os tipos, tentativas determinadas de incluí-lo no grupo aonde não tem desejo de se incluir.
Daí, conseguimos, ele fisgado pela tela do computador, fotografias da Coréia, seu país de origem, no google imagens.
Lembrou-se de quando era criança.
Buscou o google pelo ano em que ainda vivia na Coréia, 1985.
Falou alto e sem descanso das fotos que encontrou, e assim conduzia-se de uma pessoa a outra no pátio do instituto.
Quer saber quem é, o que é aos olhos dos outros.
Há Eu ou desejo nessa sua experiencia de ser?
Fala e anda em círculos, em uma repetição massante e insuficiente a sua busca por respostas.
De repente, algo o silenciou.
O rapaz sentado ao canto, acompanhado de uma moça.
Autista, o olhar vidrado nos próprios punhos.
Ele olhou curioso, e atônito, durante minutos a fio, frente a frente ao rapaz.
Algo de tão estranho e tão familiar naquela figura bizarra.
Um espelho distorcido havia naquela sua visão, espelho dele mesmo.
A maravilha e interesse tomaram conta de seu olhar.
Pouco depois, quando da minha intervenção e a da at do rapaz na conversa, quebrou-se o encantamento.
Saiu andando, procurou-me para perguntar porque o queriam ver nervoso?
Algum estado de horror foi tomando-lhe as feições e o olhar.
O que havia visto naquele rapaz tão grave, tão mais grave e regredido que ele, que o assustara?
Tentei nomear o que ele sentia, aquele rapaz no fundo só o quereria tranqüilo.
Senti-me insuficiente diante daquilo que lhe acontecia, jamais poderia traduzi-lo, e nem ele o podia para mim.
Algo aconteceu, algo que o fez se deter.
O início de uma reposta às suas perguntas tão cruas e lancinantes.
É necessário algum silêncio neste belo momento.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
por um belo nascer do sol (Isla del Sol)
sol combina com vento
meu alento
é aproveitar as horas corridas
e as partidas
chorarei no momento final
o resto de noite no lual
de corações dançantes, a gente errante
ao mirante
irá ver o nascer do sol
si bemol
será a nota dedilhada
pela gente abobalhada
com a maravilha que o mundo pode ser.
meu alento
é aproveitar as horas corridas
e as partidas
chorarei no momento final
o resto de noite no lual
de corações dançantes, a gente errante
ao mirante
irá ver o nascer do sol
si bemol
será a nota dedilhada
pela gente abobalhada
com a maravilha que o mundo pode ser.
quarta-feira, 12 de março de 2014
Blasfêmia
Aconteça o que acontecer: mulheres mortas, estupradas, cuspidas, lançadas ao relento.
As feministas não conhecem a liberdade do feminino.
Machismo soa tão clichê quanto "vítima de crime passional".
Sendo mulher, eu morreria mesmo sem ser morta.
Não de amor por um homem, mas de amor pelo meu desejo.
Desejar-me calada e comportada é estuprar-me de torpor.
Não serei fiel, posto que paixão é chama.
Cospe-me na cara o ódio, faz-me masoquista por opção.
Ser mulher é poder se derramar nas tantas facetas da sujeira
(Blas-fêmea)
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