Sou corpo calado
Em Inérccia
Silencio a dificuldade
Sou um balbucio
que pede a gritar
Provocar um incêndio
Ser só a brasa
É como
se anestesiar
É esforço pra não sentir dor
Dói mais ficar na cama
Deitada de lado
Olhando a parede
Do que se entregar
À vertigem da vida
Desejo
Seria um rosto de pele mulata
De traços demarcados
Boca Nariz e Olhos largos
Seria feita de pluma branca
Seria um Gole de vinho
Sorriso depois de uma noite de amor
Seria um copo de leite com açúcar
E anfetamina
Para curar fraqueza
Seria olhos nos olhos
Papo Poesia
Para injetar franqueza
Agora, sou silêncio
Nenhum comentário:
Postar um comentário