quinta-feira, 24 de julho de 2014

sobre a paciência

Como deixar de esperar o que não se tem?

um dia após o outro contado no calendário
sutil tentativa de controlar o que não se sabe

manhãs regadas de sol e desejo
tem suas noites tristes e infecundas

a promessa feita entre o eu e o si mesmo
realiza não mais que a fria constatação do real

o que eu queria,
é que a espera tomasse a doce forma de um horizonte longínquo
para que a sequencia dos dias volte a ganhar seu encanto.






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