sweet dreams
como em um jazz clássico
ou em uma musica de Chico Buarque
sonhos a atravessam.
esperança
aquela esperança de tudo se ajeitar
construida magicamente no momento em que o encontrou
a inebria.
inebriada de prazer
prazer que se estende por todo o corpo
ela o sente em gostas, a cada dia
sem acúmulos nem excessos.
um dia após o outro dormindo ao seu lado
uma noite após a outra traz a ela um novo sonho
composto da pluralidade da vida
ele e ela dormindo a dois.
a cama de casal: sempre habitada por multidões
percebidas ou nao, estao ali deitados, esparramados...
um pai, uma mae, alguns bebes, retratos desfocados, projeções de si no escuro do quarto.
todos misturados no breve espaço entre corpos em forma de concha
(ha melhor que dormir assim?)
numa concha ira dormir todas as noites
ela: inebriada de prazer
atravessada por multidoes
em perfeita conexao com ele.
atravessar-se por sonhos na cama de casal
é deixar-se fresca a cada intensidade
a cada pulsação de desejo
sem encaixota-la na ilusão do UM.
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