terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FELICIDADE

A FELICIDADE TOMOU CONTA DE MIM
NAQUELE POR DO SOL
ENTRE AS ÁRVORES E A CHAMINÉ
NO FINAL DA CHUVA.

CORRI PELA GRAMA
CERTA DE QUE A FELICIDADE ESTAVA LÁ
FUGINDO DE MIM PELOS POROS
MOLHANDO A GRAMA QUE TOCAVA MINHAS CANELAS.

RAPIDAMENTE ELA SE FOI
MAS PERDUROU BOM TEMPO
JÁ QUE SUA INTENSIDADE SE FEZ NOTAR
E O SOL AINDA MOSTRAVA SEU RESTO DE LUZ.

DEPOIS DE TAMANHA INTENSIDADE
NÃO HÁ TRISTEZA
MAS PURA PAZ
E O SERENO SABER DE QUE ESPERAR É NECESSÁRIO.

NÃO HÁ PALAVRA QUE DÊ CONTA
NÃO HÁ INSTANTE QUE A SEGURE
A FELICIDADE É FUGIDIA
E SEMPRE RETORNA, APÓS INCERTOS INTERVALOS.

ESPERAR POR ELA
FRENTE A UM CADERNO
FRENTE A UM DIA REPETITIVO
FRENTE ÀS PERGUNTAS QUE NÃO SE CALAM.

ESPERAR POR ELA
FRENTE A UMA NOVA POSTAGEM
FRENTE À IMPOTÊNCIA DAS PROMESSAS
FRENTE À INSUFICIÊNCIA DAS RESPOSTAS

ESPERAR POR ELA ATÉ QUANDO ELA CHEGA
AOS LENÇOIS AMASSADOS NA CAMA DE CASAL
ÀS PAREDES BRANCAS DO NOVO APARTAMENTO
AO ESTADO DE GRAÇA DE UMA GRÁVIDA.

CAPTURÁ-LA
NA VOLÚPIA DE UMA FANTASIA
NO SILÊNCIO DO NÓS DOIS
NOS OLHARES QUE SE ENCONTRAM SEM QUERER.

E ENTÃO REGISTRÁ-LA
EM UM SORRISO BEM FOTOGRAFADO
NUM POEMA ESCRITO A MÃO
NOS VÍCIOS DA MEMÓRIA.

POIS JAMAIS HAVERÁ COISA MELHOR
DO QUE CORRER PELA GRAMA
CERTA DE QUE UM CORPO PODE EXPERIMENTAR
SER EXTRAORDINARIAMENTE FELIZ.

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