quarta-feira, 28 de julho de 2010

sentia culpa.

pelo quê, não tinha muita certeza...

Começou a inquietude após o convite inesperado àquele jantar (de adultos), não quis ir mesmo querendo, sei lá o que! vergonha... hesitação por algo a que ela fantasiava não corresponder.
melhor manter sua imagem do que sua autenticidade. num jantar seria autentica em demasia, ela com seus risos infantis e seus trejeitos que denunciariam sua vontade de ser filha. nao podia ser filha de quem a incentivava ao bom nível de ensino, à independencia, ao deslanche de sua carreira.

Mas ser filha era sempre tão melhor, tão mais confortável. depois pensou que a culpa passava mesmo por aí, pelo desapontamento que imaginava causar em todos. porque ela nao podia desapontar?

foi pra casa inquieta pelo dia todo, pelo almoço em que insistiam para que ela trabalhasse em algo que desse mais dinheiro; pelo trabalho da tarde que fazia quase voltuntariamente - em nome de quê, mesmo? - muitas vezes os motivos de suas escolhas lhe fugiam á mente, e era como se tudo ruísse. a vida em um instante não fazia mais sentido, e um trabalho que desse mais dinheiro valeria de quê?

Ela sempre querendo ser filha... a culpa é um preço que se paga.

grama necessária nesse momento, poderia haver um cheiro de orvalho, estrelas e braços quentes de um homem...

fantasia

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