Era um ônibus amarelo sem itinerário.
Passava por todas as esquinas do mundo.
Parava nos pontos.
Onde buscava e deixava pessoas que pedissem para subir ou descer.
A regra: jamais deixar a mesma pessoa no ponto em que partiu.
E ninguém precisava se compromissar com nenhum lugar.
E ninguém deveria encrencar-se com uma rotina maçante de repetição de rotas.
Maçante repetição de rotas.
Em cada lugar um novo vínculo.
Em cada parada um novo lugar.
E descer significava ficar - por um tempo - até que o ônibus passasse novamente, após ter percorrido o resto do mundo.
E ficar significava correr o risco
De lidar com o jamais experienciado.
Lidar com o jamais experienciado.
Compromissar-se com um lugar aleatório?
Ou percorrer, simplesmente, a estrada do mundo todo?
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