sexta-feira, 15 de abril de 2011

ela chega em casa quando tem gente saindo. a meia-noite é a hora que abarca tão diferentes tonalidades.
sua casa no silêncio do início da madrugada parece outra - pouca luz, alguns roncos de motor de automóvel que passa um a um, e cada cair de cada minuto os faz mais raros. seu quarto é uma bolha de sabão de onde se pode ver luzes de semáforos, ruas movimentadas (ainda) e até a placa do pão de açúcar...
seu quarto é uma bolha de sabão.
até quando se pode viver em uma bolha?
fora da bolha, qualquer pequena agressão tinha a fúria de um brutalidade imensa, que rasgava ao meio sua alma tranquila e pouco defendida.
(pouco defendida dentro de uma bolha de sabão)
a brutalidade pode ser doce. faz a raiva implodir em lágrimas, e cada sopro de amor ao redor dela se faz explícito.
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cada sopro de amor forma mais bolhas.

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