ele disse que tem raiva de que o vejam assim, luta dia a dia contra o rapaz que ele é agora. em um esforço formidável, regride mentalmente a quem era antes. e quando vai aos lugares que costumava frequentar, revive algo que, se lhe pertence, já está transformado pelo tempo - e pelo seu prórpio trabalho em abrir-se à transformação. quem ele é agora?
que tipo de esforço ele precisa fazer para se redescobrir e ter, novamente, alguma identidade?
ele tem raiva de que o vejam assim - não, não é doente, não é essa a sua identidade - mas sua busca por um lugar social, mesmo que com garra, parece muitas vezes ser em vão. os lugares na cidade dizem tanto de quem somos...
neste conflito entre os tempos, ele vai e volta, com raiva e tensão, aos lugares de sempre. e o sempre nunca é o mesmo... como fazer destes mesmos lugares outra vez seus?
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