quinta-feira, 9 de setembro de 2010

fim

horrorosa bruxa, como faz-me sofrer, incompetente em qualquer virtude, desgraçada, disse que me amava e agora? esqueceu-me! assim, desse jeito, como quem de um dia pro outro deixa de dar valor a uma coisa primordial, um hábito, eu diria. vê-la todos os dias deixava-me em paz, era uma boa rotina, preenchedora, recofortante. mas e agora? sem ela? o que fazer dentro do buraco vazio da ausencia de hábitos?
raiva!

horrorosa, víbora, pode ser tão completamente egoísta, só pensa nela mesma. de repente eu sou vazio a ela, sem sentido. porque? algo novo simplesmente me substituiu? Desesperador é perceber-se totalmente passível de ser substituído: quer dizer que nada do que fiz é único, autoral. quer dizer que alguém além de mim pode satisfazê-la como ela gosta de ser.

Ressentimento! Fiel amigo e escudeiro, não fosse você estaria quase morto de baixa auto estima, não fosse o ressentimento- que significa aqui: odiar essa megera que um dia se disse apaixonada - eu desvaleceria no buraco de mim mesmo, na minha possível não-existencia. a dor de ser rejeitado é tão grande que o ressentimento alivia. é medicamento paliativo, que vai amenizando esse ultimos tempos que se tem antes da morte.

Morte, objetivo certo! Morre ela ou morro eu? Alguém deve morrer para que o outro viva.

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